
Pra entender o caso: Sargento Siqueira é suplente de deputado e está envolvido na Operação Impacto que investiga o pagamento de propina a vereadores durante a votação do Plano Diretor de Natal. Reeleito em 03 de outubro e, consecutivamente, com o mandato assegurado a partir de 2011, eis que o deputado Gilson Moura renuncia ao mandato alegando necessidade de acompanhar uma irmã enferma, abrindo vaga para que o Sargento Siqueira assuma a vaga e conduza o processo da Operação Impacto mais uma vez para foro privilegiado. A direção do PV fala em negociata... Na charge, a câmara assume uma ambiguidade que não tem graça nenhuma em tempos de aperfeiçoamento da ética política (vide projeto Ficha Limpa).
Nada contra o deputado Gilson Moura, mas, advogado e conhecedor das leis que é, não teria ele uma alternativa de afastamento, licença, ou falta justificada para acompanhar a irmã? Esse é o velho problema filosófico do conflito entre a legalidade e a moralidade.
E o que fará a Justiça? Que tal esperar o fim do mandato tampão de Siqueira e seu foro privilegiado?