quarta-feira, 30 de maio de 2007

Chega de levar fumo


Foi o Millôr quem elaborou magistralmente um conceito sobre o cigarro: "um cilindro de papel com uma brasa na ponta e um imbecil na outra". Se você é fumante e se sente incomodado em ser chamado de imbecil ou idiota, que tal trocar o termo por suicida?
Como explicar o fato de um homo sapiens ingerir a quantidade de substâncias ao fumar um cigarro?
Ah, dirão alguns, e o pessoal que cai de boca numa picanha? E a coca-cola? E isso e aquilo? É aquela história: um erro não justifica outro.
Que bom se o mundo ficasse livre de todas as drogas políticas, sociais, econômicas, musicais....

terça-feira, 29 de maio de 2007

A hora do pesadelo

Esta é uma charge local. Desde a construção do Midway Mall que o trânsito nesta área vai mal. Trocadilhos à parte, a situação é caótica. E como diz uma das leis de Murphy ( quando uma coisa não pode piorar, piora) a STTU resolveu (ou deixou, mesmo sem querer querendo) realizar obras nos momentos menos indicados, quando o termostato da paciência dos motoristas e pedestres estão no seu limite de resistência: a hora do rush, o horário de pico. É o fim da picada.
Então taí um boneco biruta, com seu jogo de cintura, indicando o melhor caminho para a loucura.Claro, tudo isso é pra melhorar o trânsito.Se você não entende assim é porque já surtou.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Não vale a pena ver de novo!

É...já virou novela. E o curioso é que, apesar de seguir um roteiro pra lá de óbvio, a gente continua se surpreendendo a cada capítulo. E a moral capitulando a cada capítulo.
O "miolo" desta charge é o trocadilho.
Muitas vezes, a charge nasce de uma frase muito conhecida; aí a gente transporta ela para um outro contexto, troca uma palavrinha e pronto: eis o tropeço cognitivo, resolvido pelo riso.
Nem sempre uma boa charge é aquela que faz você cair no chão às gargalhadas; às vezes basta uma tirada inteligente, um solavanco no raciocínio, um curtozinho nos neurônios.

domingo, 27 de maio de 2007

Papa-Tudo

Se o monstro da corrupção nos causa terror, esse na charge ao lado, nos leva ao desespero, arrepiando-nos até os cabelos da alma!
Navalha pra ele é lanchinho, que ele come dentro de um pão doce.
A impunidade deveria ser o primeiro problema a ser atacado, ou seja, precisamos de uma reforma no judiciário, antes mesmo de uma reforma política. Já que não podemos extinguir a corrupção, uma vez que ela está enraizada no coração do homem, devemos, pelo menos, combater os seus efeitos, impedindo a banalização do crime, ou seja a cristalização da injustiça. Trocando em palavras simples: o homem sempre vai querer roubar, mas precisamos ter a certeza de que eles serão punidos por isso. Caso contrário o terror será constante. E haja navalha.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

O espetáculo do crescimento da corrupção


Desde o início desta operação a gente fica com uma expectativa de que as revelações são sempre parciais, que tem mais coisa, que o buraco é mais embaixo. Claro que essas práticas não surgiram no governo Lula. Aliás, o governo tem usado justamente o grande número de apurações feitas pela PF para justificar o combate à corrupção. De qualquer maneira o crescimento da corrupção, ou pelo menos sua divulgação, tem sido espetacular. Triste espetáculo.
O monstro é feio e grande. A cada noticiário descobrimos mais um dos seus tentáculos. Tenho usado a idéia do tentáculo algumas vezes, mas não é por falta de criatividade. É que tenho a sensação que o tema ainda não se esgotou. Se expremer os neurônios, dá pra desdobrar uma idéia, ampliando e complementando o que uma charge isoladamente não consegue dizer. É que pesa sobre nós, chargistas, o desafio de expressar tudo em uma imagem. Embora a imagem seja polissêmica, não tendo um único sentido, o próprio chargista tem que se limitar ao espaço e tempo para o seu enunciado. Mesmo com a colaboração e complementação de sentidos feitas pelo leitor, fica ainda algo a dizer. E isso é bom para o exercício criativo. Não se trata da tagarelice do texto que Barthes denuncia. É desdobramento, implicações e riqueza textual.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Navalha-nos!


Pra criar uma charge, eu penso muito. Tento sintetizar em imagens uma situação noticiada. Quando surge um fiapo de idéia, algo meio indefinido esteticamente, vou, como diz Chico Caruso, botar o lápis pra pensar. Isto é, transformar um conceito, um pensamento em uma imagem. E a coisa vai tomando forma, visibilidade.
Não há nenhuma garantia que os leitores "captarão" exatamente o que se passou em minha mente. Mas as pistas estão aí... As interpretações vão rolar, as viagens podem ser siderais ou na esquina aqui próxima, mas tudo é válido, nem que seja como ginástica cerebral. Só tenho pena quando uma charge meio hermética cai numa questão de prova ou vestibular. Coitados dos leitores e coitados dos professores. Ou quem sabe não são todos felizes por conseguirem rir, embora por motivos diferentes? E você? Tá rindo de quê?

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Navalhadas

Muitas vezes o fato noticiado já traz em si uma imagem simbólica (e existe imagem não simbólica?) que representa o cerne da questão abordada pelo chargista. O título da operação policial recorre à idéia de corte na própria carne. Mas será que este monstro chamado corrupção pode ser combatido com armas tão simples? Não seria necessário uma facão? Ou uma foice, um machado, uma motosserra?
De qualquer maneira, o produto gráfico está aí. O ideal seria exagerar bastante o tentáculo e minimizar o policial mas isso dificultaria a percepção do foco da charge: a pequenez da navalha.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Pra começo de conversa

Como eu não sou filho de goiamun, já que todo mundo tem um blog e eu não tenho um... ei-lo!
A área está a disposição pra trocar idéias e experiências.
Aqui postarei trabalhos, publicados ou não, esboços de pensamentos visuais e por aí vai. Seja bem-vindo.

Nesta primeira postagem, segue uma charge básica sobre os escabrosos meandros da nossa politicagem brasileira. Esse negócio da infidelidade partidária é um caso sério. A idéia é que se eu votei em um candidato é porque confio nas suas propostas e no grupo a que ele está ligado, seu partido. Pois bem. Sem nem pedir licença, na maior cara de pau brasil do mundo, o elemento evade-se do local onde foi colocado pelo eleitor e dana-se, na essência da palavra, para outras pairagens sem o mínimo de escrúpulo, tranformando-nos do dia pra noite em cornos eleitorais... pode? Não poderia, mas no Brasil quem pode, pode.

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