quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Charge do dia: A ilha dos caras

É curioso ver alguns vereadores invocando a independência do poder legislativo quando tratam do assunto da eleição da presidência da câmara municipal. Eles pensam que o eleitor deu a eles uma carta branca com validade até a próxima eleição. Enquanto isso eles são livres e independentes para tomarem as decisões que quiserem esquecendo-se que são (ou deveriam agir como) representantes do povo que os elegeu. Eles são homens públicos e, exceto sua vida pessoal e familiar, todas as decisões inerentes à sua função dizem respeito à sociedade. A sociedade tem todo o direito de exigir moralidade e ética na eleição da mesa diretora, nas nomeações, nos gastos da câmara e em qualquer área que se configure como de interesse público. Exigir que a presidência da Câmara seja ocupada por vereadores que não estejam sob suspeita de ilicitude é a coisa mais natural e óbvia. Esta decisão, aliás, deveria partir do próprio conjunto de vereadores embora isso seja muito, mas muito, improvável mesmo.

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