sábado, 31 de outubro de 2009

Charge do dia: Vai que dá!

Ainda no clima de saideira, segue a penúltima charge pro Diário de Natal. Amanhã postarei a última... e zéfini! Ah... minha demissão foi decorrente da crise do DN. Não "aprontei" nada.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Eu, ex-chargista do Diário de Natal.


Calma, eu não morri! É só pra comparar a passagem do tempo...

Minhas atividades de chargista no Diário de Natal se encerram hoje, 30 de outubro de 2010. Vinte e um anos se passaram desde que ocupei definitivamente a vaga do saudoso chargista Edmar Viana, referência e inspiração para os desenhistas de minha geração. Na época, econtrava-me despreparado para assumir aquele desafio. Não acompanhava nem entendia os fatos políticos do noticiário. Tinha uma boa experiência em quadrinhos e desenho de humor, mas encarar o desafio da charge diária era assustador. Mas, como diz o Zina, "cai pra dentro". E fiquei durante todo esse tempo. A experiência me ajudou a aperfeiçoar o traço e a abordagem dos temas não muito engraçados do noticiário político e econômico. Aprendi a ser um bufão do traço. Sempre persegui (não sei se alcancei) o humor inteligente. Não aquele humor intelectualizado, insípido, meramente verbal, mas um humor que levasse as pessoas ao riso crítico, reflexivo, denunciador. Muitas vezes tive que refazer a charge, ajustando um detalhe ou outro, ou começando tudo do zero, até achar que o humor ficou no ponto certo: nem besteirol, nem insípido. Um sorriso pensante. Gostaria de agradecer a todos os repórteres e editores com quem convivi. Vocês são parceiros natos, indispensáveis. Às vezes, o chargista passa a impressão de que ele é um expert em tudo. Ledo engano. Não entendo nada do "economês" e não conheço cada cantinho do labirinto político. Muitas vezes, preciso recorrer ao repórter, pedindo ajuda para entender a matéria que ele escreveu e que precisa ser traduzida para a linguagem visual. Fico triste pelo Diário de Natal. Claro que sei tratar-se de uma empresa, inserida no sistema capitalista que visa a rentabilidade e que muitas vezes precisa cortar custos. Não se trata de mágoa, pois sei que não é nada pessoal e sei que não dei motivos para minha demissão. É que depois de duas décadas a gente se acostuma e cria uma relação com o simbolismo do veículo. Era comum me apresentar como Ivan Cabral, chargista do Diário de Natal. Agora...
Bom, agora vamos pra frente que atrás vem gente. Continuarei utilizando o blog para postar charges e cartuns de minha lavra. Terei tempo para desengavetar diversos projetos de livros que nunca lancei, retomar a participação nos Salões de Humor, tentar um doutorado... Se Deus quiser!
Sigam-me os bons!

Charge do dia: Gangorra

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